SEGUNDA OPORTUNIDADE
- Mafalda Belmonte
- 26 de jul. de 2016
- 1 min de leitura
Após ter o meu primeiro filho, percebi que ele foi a primeira e única coisa que me mudou e à minha vida. E digo o meu primeiro filho porque a questão é mesmo essa: ter um filho. Os que vêm a seguir não nos mudam, nem à nossa vida, porque já estamos mudadas.

As outras, são mudanças de alguma maneira temporárias ou reversíveis.
Quando se tem um filho é para sempre. E é isso que faz com que eles sejam a única mudança permanente na nossa vida.
E assim vivi, convencida desta verdade absoluta até nascer o meu primeiro neto.
No momento em que olhei para ele, a minha vida voltou a virar-se de pernas para o ar. Como quando o meu filho mais velho nasceu, perguntei-me como é que aquela coisinha minúscula tinha o poder de me encher ou de me envolver, não sei bem qual é a palavra certa, dum amor tão grandioso, um amor que, soube imediatamente, é para sempre!
A chegada de um neto volta a mudar-nos.
Os netos têm o poder de reavivar os nossos sonhos e ideais adormecidos.
São a oportunidade de voltarmos a ter um papel preponderante e útil, de voltarmos a fazer tudo outra vez, mas agora com conhecimento de causa, com a tranquilidade e distancia que o facto de não sermos as mães deles (mas sermos quase mães deles), nos confere, com a flexibilidade que a maturidade nos traz.
Os netos são a segunda oportunidade de nos mudarmos e à nossa vida e de nos renovarmos.
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