9 REGRAS INFALÍVEIS PARA SER UMA AVÓ PERFEITA
- Mafalda Belmonte
- 21 de mai. de 2016
- 5 min de leitura
Não, não é assim, à primeira! Ser uma avó perfeita requer algum esforço e muito savoir-faire!
Há uma série de regras que há que cumprir, a começar por aquelas que dizem respeito à maneira como lidamos com as nossas noras/genros, que acabaram de ser pais.
E não se pode dizer que nós, avós perfeitas, não saibamos tudo o que há para saber sobre como cuidar de um bebé.
Somos especialistas no assunto, aliás!
Já passamos por isso, ou não? Tivemos um, dois ou mais filhos, por isso porque é que não havemos de orientar, explicar, direcionar, nortear, enfim, obrigar os nossos queridos filhos a fazerem exactamente o que nós achamos, no que diz respeito a tratar dos nossos, ainda mais queridos, netos?
Resposta: os nossos queridos filhos/noras/genros não querem que estejamos a toda a hora a dar palpites sobre a melhor forma de mudar a fralda ao bebé ou a sugerir formas convencer uma criança de dois anos a comer toda a comida que lhe põem no prato e ficam absolutamente fartos de nós se passamos o tempo a invadirmo-lhes a casa com ideias sobre se os filhos deles têm frio ou calor com o que decidiram vestir-lhes.
Daí a 1ª regra: não seja intrometida, não interfira demais. É a vez dos seus filhos criarem os filhos deles.
Pergunte pelo seu neto,pelas gracinhas que aprendeu desde a última vez que o viu, mostre o quanto gosta dele, disponibilize-se, procure maneiras de estar com as crianças que ajudem os pais no que for preciso, mas mantenha-se no seu lugar que é o de avó perfeita.

Ser avó, ser uma avó perfeita é aproveitar os seus netos. No fundo, é ficar com a parte boa e no fim do dia, entregar a criança aos pais que ficam com as responsabilidades todas e com as noites mal dormidas. Donde a 2ª regra é: quando fica com eles fique mesmo com eles: vá passear, mostrá-los às suas amigas que vão ficar verdes de inveja com a beleza que é o seu neto, ou com a sua boa educação, tire um tempo para lhes contar histórias (mesmo que, como eu, à segunda palavra já esteja a bocejar), brinque, volte a ser criança com eles. E divirta-se!
É claro que sendo nós avós perfeitas não podemos de maneira nenhuma competir com a outra avó do nosso neto, que aliás, também é com certeza, uma avó perfeita! A menos que você se afaste dos seus netos, a sua relação com eles é única, e ninguém consegue ter uma igual a ela. O amor que os seus netos lhe vão ter, não se mede pela quantidade de vezes que eles estão consigo, mas pela qualidade desses momentos. Esta é a 3ª regra.

Por outro lado não se esqueça que é a avó quem tem que tomar a iniciativa de procurar e manter o contacto com os seus netos á medida que eles vão crescendo. Além do Natal, Páscoa, dos anos deles, procure os seus netos com frequência, telefone-lhes, mostre-lhes o quanto quer estar com eles. Esta relação desenvolve-se desde bebés e quando os pais lhe anunciarem que o seu neto já se senta, não se dispense de ir verificar com os seus próprios olhos: os pais adooooram mostrar a novas gracinhas dos filhos! Ah, e aproveite para tirar mil fotografias que vão ser preciosas mais tarde, quando chegar a altura de lhes contar como eles eram, as histórias que lhes aconteceram em conjunto e o que fizeram juntos, uma coisa que todas as crianças – e não só – adoram. Resumindo, a 4ª regra é, que é você, a avó perfeita que deve tomar a iniciativa do contacto com os seus netos.
As histórias em conjunto levam-nos à 5ª regra: seja a "historiadora da família".
A minha mãe guardou os desenhos, as cartas, as fotografias de todos os netos e hoje em dia passam horas a ver e rever cada bocadinho de papel, com a minha mãe a contar as mil histórias relacionadas com toda aquela papelada e fotografias. Mas não só. Eles também adoram ouvi-la a contar as diferenças entre o tempo dela e o tempo actual, coisas como o facto de não haver electricidade nem televisão onde ela vivia, o que os deixa boquiabertos, ou que o meio de transporte normal do avô era um cavalo que se chamava Carocho. E ainda gostam mais de a ouvir contar as histórias dos pais (ou seja, as nossas próprias), de como eles eram insuportáveis ou as asneiras que faziam.
Já considerei seriamente gravar em vídeo estas sessões, mas quando ocorrem, ou eu não tenho a câmara comigo, ou acontecem “à minha revelia”.
Há uma outra regra, a 6ª, que se prende com a anterior: tem a ver com criar lembranças para toda a vida. Isto consegue-se, se a avó perfeita – que todas nós somos – , se interessar em procurar programas “alternativos” àqueles a que as crianças estão habituadas. Um fim de semana em conjunto, longe dos compromissos para se dedicar inteiramente aos netos, ou apenas uma ida ao planetário devidamente explicada, podem cumprir essa função. O meu filho mais velho nunca mais se esqueceu de um dia em que a avó o convidou e a mais sete amigos a jantarem, em casa dela, hambúrgueres que tinha ido buscar ao Mac Donalds. Nem ele nem os amigos que acharam o máximo ele ter uma avó tão perfeita! Simples, não é?
7ª Regra: quando as crianças vêm para sua casa prepare-se para a desarrumação. Se estiver preocupada em ter a casa impecável, não só não vai gozar a companhia dos seus netos, como eles vão acabar por odiar ir a uma casa onde não podem mexer em nada, nem mexer-se á vontade!

Uma avó perfeita ouve, quando chegar essa fase, o que os netos têm para lhe contar. Coisas como marcar um golo num jogo na escola ou o raspanete que a mãe lhes deu, são importantes para as crianças. 8ª regra: Oiça-os com atenção, mostrando interesse. Isso é meio caminho andado para mais tarde, mais velhos, virem ter consigo para desabafarem até o que não são capazes de contar aos pais.
A 9ª e última regra, the last but not the least, é: não faça diferença entre os seus netos. Pode ter mais ou menos afinidades com um ou com outro, mas não o demonstre. Não sentirem que têm que competir uns com os outros pela sua atenção, é fundamental para não quererem chamar a atenção sobre si... normalmente aos gritos ou a asneirarem!
Deve haver mais uma quantidade imensa de regras, mas do que pesquisei na net, estas foram as que me pareceram mais importantes.
Não são fáceis?
Pois, mas eu comecei por dizer que ser uma avó perfeita não era pera doce!
Comments