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O Meu Natal: CONCEIÇÃO REBELO DE ANDRADE



O Natal, sempre foi e será uma festa de família à volta do Menino Jesus.

Desde que sou gente o meu Natal era passado, na consoada com a família Rebelo de Andrade em que o importante era a Ceia de Natal, depois da missa do Galo, consoada essa que rodava de casa em casa, em que o meu Pai e seus 3 irmãos faziam questão de disputar a melhor ceia, sempre em grande convívio alegria e brincadeira com os primos. Não havia presentes que me lembre, éramos muitos, 60 ou mais.

No dia de Natal o almoço era — e é — na Rua das Praças, com a família do lado da minha mãe, porque éramos (só) 15 ao todo e assim os pais sentiam-se na obrigação de juntar a família toda em sua casa, Bisavó, Avó e tios-avós. Presentes havia sempre especiais porque os pais conseguiam sempre surpreender-nos com pequenos mas úteis presentes. A minha tia avó Tita tinha sempre um livro para cada um de nós, com uma nota lá dentro. Ao longo dos anos a nota era sempre a mesma e o livro não era exactamente a adequado à idade do presenteado como quando o sobrinho neto mais velho, casado e com filhos recebeu um livros dos “Cinco”. Mas não tinha a menor importância, o presente era recebido com a mesma alegria e ternura e, claro, muita gargalhada.

Hoje o Almoço de Natal continua a ser na Rua das Praças e tentamos não faltar, mesmo que os filhos/sobrinhos já casados tenham compromissos com as famílias dos sogros etc

Houve uma altura em que se dava presentes a todos, houve um Natal em que o meu pai ofereceu à rapaziada uma gaiola com um passarinho e às netas um balde e esfregona. A maior parte dos pássaros voou para parte incerta e a cozinha ficou encharcada com todas as netas a querem ser quem lavava melhor o chão!

Hoje somos quase 90, e dar presentes a toda a gente é impraticável mas criámos “o anjinho secreto” umas espécie de nosso “protegido” a quem, durante o mês de Dezembro temos que estar atentos. No dia 25 é ao nosso “protegido” que damos um presente simbólico e pelo seu lado, o protegido tem que relatar em que é que o seu anjinho o ajudou, ou o que lhe fez durante o mês. A distribuição dos presentes — que cada vez mais procuramos que não sejam coisas supérfluas — é sempre animada e varia muito: ou é um teatro, cantigas, umas histórias contadas, é o momento em volta da Avó Xanxa que é o pilar da família, o Pai já foi á muito tempo para o Céu.

É um dia para estar em familia, e claro, eu, a Avó Ceição, tenho sempre algo para cada uma dos meus netos!

Mas principalmente, penso que todos nós queremos estar à volta da mesa, vivendo momentos de alegria, conversa, gargalhadas, rezando e partilhando o que a vida deu a cada um de nós.


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