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A Minha História de Natal: ROSARINHO DOURADO



Já divorciada e "sozinha", com o meu filho, de 3 anos (se tanto), arrendei a minha primeira casa. O meu senhorio, um senhor de idade, disse-me no dia em que fechámos o contrato, sem lhe ter pedido nada,: "Baixei-lhe a renda em 50,00€ para a ajudar numa conta da casa, e espero que seja muito feliz com o seu filho aqui."

Na segunda casa que tive, já o meu filho tinha 14 anos, os senhorios, um casal amoroso que mais tarde se tornou meu amigo, também teve um gesto muito parecido. Disseram-me que já tinham mostrado a casa a várias pessoas "mas fazemos questão que fique para si por isso baixámos 50,00€ na renda. Esperamos que o seu filho cresça e seja um bom estudante, neste quarto (um quarto que eu dissera, quando fui lá pela primeira vez, que seria para ele, se ficasse com a casa, pois tinha mais luz e mais calmo)". Eu perguntei o porquê desta confiança, de me terem escolhido em vez de outras pessoas, e eles responderam que "Para além de ser uma mãe sozinha com um filho, na luta, a Rosarinho disse-nos logo que precisava da casa não só pelo sítio mas acima de tudo porque queria montá-la para o seu filho até á véspera de Natal e essa foi a razão a nossa escolha". Faltava uma semana para o Natal.

Nessa semana, com ajuda da minha irmã Xanico e com muitos vais e vens meus, de noite, depois do trabalho, vinha de Setúbal com o meu fiat 127,cheio de tralhas e tralhetas, subia e descia os 4 andares para ter a casa pronta antes do Natal. Mas no dia 22 de Dezembro de 19...e e e... acho que 1997, tinha uma casa pronta, com comida no frigorifico, aquecimento ligado, camas feitas e tudo nos sítios. E acima de tudo, como tinha prometido a mim própria, "Macacos me mordam se não monto de surpresa uma casa inteira com decorações de Natal e tudo para o meu filho!", tinha o presépio e uma árvore de Natal.

Nada me deu mais gozo!!

Ao longo dos anos, este mesmo casal, nunca me aumentou a renda, e um dia eu perguntei porquê. "Resolvemos não lhe aumentar mais a renda, desde que o Afonso foi para a faculdade, para a ajudar nos estudos dele." O que eles tinham desejado anos atrás, quando aluguei a casa, que o Afonso fosse feliz naquele quarto e estudasse muito, concretizou-se. Ele foi sempre bom aluno, entrou na faculdade e nunca me deu problemas fosse de que ordem fosse.

Neste momento tenho ao meu lado, outro anjo da guarda que me apareceu, há uns anos, a Sofia (espero que ela leia este texto que dedico também a ela)...


Esperem aí que vou ali limpar uma lagrimazinha e já volto!!


... nesta última casa, o meu filho, já mais velho, pediu-me para não compramos presentes, "quero passar este Natal só nós os dois, o nosso serão, com a nossa ceia, sem presentes e SENTIR O VERDADEIRO ESPÍRITO DO NATAL, o amor incondicional, sem papéis e laçarotes, mas com muito carinho e companhia mútua!


Dou graças a Deus por este filho que tenho a certeza é um grande pai!

Sorte dos meus netos! E agradeço também as pessoas especiais que se cruzaram comigo, preencheram a minha vida e me fazem ter fé no ser humano.


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